Fobia em crianças, ansiedade, fobia específica, medo exagerado, fobia infantil, medo infantil, fobia infantil, crianças que tem medo. Campinas

TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno Obsessivo-Compulsivo
novembro 26, 2007
Participação no Programa da TV Unicamp
janeiro 14, 2009
Exibir tudo

Fobia em crianças, ansiedade, fobia específica, medo exagerado, fobia infantil, medo infantil, fobia infantil, crianças que tem medo. Campinas

O que é fobia específica?
A fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade, num grau elevadíssimo, como por exemplo, no caso do dirigir, em que só em pensar em fazê-lo, a pessoa já se sente ansiosa, mesmo longe do carro. Ou no caso de uma reunião em que a pessoa precisará se expor, arranja uma desculpa e não vai, para não se expor, para não participar, não como estratégia de ação, mas por medo exacerbado.
E as fobias infantis a que estão ligadas?
As fobias infantis, assim como as do adulto, estão ligadas a um temor injustificado e não racional de objetos, seres ou situações, cuja falta de lógica é reconhecida pelo indivíduo, mas o domina repetidamente. Tem como consequência uma inibição no campo da ação e, quase sempre, no campo da representação.
Qual é o comportamento da criança fóbica?
Quando a pessoa se defronta com o objeto que lhe causa fobia, ela pode apresentar intensas reações de medo com alterações neuro-vegetativas associadas a um estado de tensão. Utiliza mecanismos que procuram evitar o objeto, gerando uma limitação do seu campo de ação por meio de esquivas de prevenção. Estas esquivas visam eliminar o objeto que causa fobia. Quando não se pode evitar o agente causador da fobia, reage-se com fuga, o que aumenta a tensão e ainda pode aumentar a fixação fobogênica, bem como o temor de futuras situações equivalentes. A criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém que a faça se sentir protegida. Pode apresentar reações de choro, desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até um ataque de pânico.
Quais as fobias específicas comuns em crianças?
Dentre as Fobias Específicas mais comuns na infância destacam-se as de pequenos animais, injeções, escuridão, medo de fantasmas e monstros, altura e ruídos intensos como o de fogos de artifício e de trovões.
Mas não seria comum as crianças terem medo?
Ter medo é algo comum principalmente na infância a diferença é que essas fobias diferenciam-se dos medos normais da infância por serem reações excessivas, exageradas, não adaptativas e que fogem do controle da criança.

Há alguma diferença entre os adultos e as crianças no que diz respeito a fobia específica?
As crianças apresentam uma grande diferença em relação aos adultos quanto à manifestação da fobia específica. Os adultos, assim como as crianças, não conseguem controlar suas reações perante o seu objeto fóbico, mas reconhecem que isso seja exagerado, ou mesmo absurdo, as crianças não. Para as crianças o pavor que sofrem diante de um inseto, um trovão ou uma bruxa é justificável pois para elas é como se eles realmente oferecessem perigo de morte ou fosse catastrófico. As crianças por serem imaturas não avaliam seus medos não se envegonham de exibí-los pois para elas é muito natural. Contudo, reconhecem que outras pessoas não sofrem dos mesmos medos e resentem-se quando zombam delas por isso. A criança assim como os adultos não conseguem superar seus medos, mas quando se vêem vítimas de maldades de coleguinhas tendem a esconder seus medos e até se isolarem quando a zombaria é frequente.

Quando se deve tratar a fobia nas crianças?
Quando os pais perceberem que a vida da criança e adolescente está ficando limitada e a dificuldade está interferindo nas outras áreas de sua vida.
Todas as fobias tem que ser tratadas?
Algumas fobias não terão necessidade de ser tratadas (por exemplo, se a pessoa tem fobia de cobras, mas mora na cidade, poderá conviver com este fato sem maiores problemas).

Há algum tratamento?
Para as Fobias específicas, o tratamento mais utilizado tem sido a terapia comportamental. Resumidamente, as técnicas utilizadas requerem exposição da criança ao estímulo fóbico, de forma gradual e bem controlada de maneira a produzir a extinção da reação exagerada de medo. A técnica mais empregada é a de exposição gradual ao estímulo, de acordo com uma lista hierárquica das situações ou objetos temidos. Tratamentos baseados na exposição freqüentemente são associados a outras técnicas comportamentais (técnica com demonstração prática pelo terapeuta e imitação pelo paciente durante a sessão; manejo de contingências – identificação e modificação de situações relacionadas ao estímulo fóbico, que não o próprio estímulo; procedimentos de autocontrole e relaxamento).

Há tratamento farmacológico?
O tratamento farmacológico das Fobias Específicas raramente é utilizado na prática clínica, e são poucos os estudos sobre o uso de medicações nesses transtornos.
________________________________________________________________
Curiosidade sobre a Fobia de tempestade
Chuva, trovões e raios, quando chega o verão, aumentam a ansiedade das pessoas que têm verdadeiro pavor de tempestades. Algumas delas não saem de casa sem antes consultar a previsão do tempo. O problema leva a uma série de limitações na vida profissional e pessoal dessas pessoas devido à esquiva, que é proeminente. Se estiver chovendo, dificilmente se aventuram a sair de casa. Há pessoas que, durante uma tempestade, fecham-se em armários e só se atrevem a sair depois que cessa o fenômeno. Algumas permanecem junto a seus cães de estimação que, como é sabido, também são excessivamente sensíveis aos ruídos de trovões e fogos de artifício. Outras cobrem-se para se sentirem mais protegidas.
Tal fobia, ao contrário do que se possa pensar, é bastante freqüente. Não se trata do medo natural que todos temos das intempéries e desgovernos da natureza, que mesmo existindo não impedem a vida social.
Nestes casos a pessoa vai se recluindo em sua residência até o ponto máximo em que chega a ficar “presa” à própria cama. Muitas vezes são as pessoas erroneamente, diagnosticadas como depressivas, (claro que também haverá frustração e portanto depressão nestes casos). No entanto trata-se de esquiva operante.
As pessoas deste quadro tendem a buscar, solicitar e requisitar que alguns de seus familiares assumam função de cuidadores de si ao menor sinal de chuva.
__________________________________________________________________
Há algumas fobias menos comuns:
1º. Antropofobia – Medo da sociedade humana ou aglomerações.
2º. Telefonofobia – Medo dos telefones
3º. Eleuterofobia – Medo de ter liberdade. Mais precisamente, “aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante de ter autonomia ou responsabilidade”
4º. Urofobia – Medo da urina ou de urinar
5º. Unatractifobia – Medo de pessoas feias
6º. Hipnofobia – Medo de dormir; horror ao sono
7º. Fonofobia – Medo e horror à sua própria voz e pavor de falar alto
8º. Fobofobia – Medo dos seus próprios medos; de ter algum tipo de fobia
9º. Catisofobia – Medo de sentar-se.
10º. Pantofobia – Medo de todas as coisas, ou todos os medos e fobias em um só. Pantofobia, em seu estado máximo, controla o comportamento humano de forma a matar o ser sem causas fisicas reais, ou seja, a Pantofobia induz ao suicídio biológico.
Fonte: Wikipedia